Professores da rede estadual vão parar de novo no dia 16
Os professores da rede estadual de ensino decidiram realizar uma paralisação de advertência no próximo dia 16 (terça-feira). De acordo com Júlio Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), o motivo da paralisação é o descumprimento, por parte do governo estadual, de itens do acordo, firmado em maio último, entre a entidade e o governo. O acordo pôs fim a uma greve que durou 78 dias (de 1º de março a 17 maio).
Foto: Júnior Foicinha
Júlio Pinheiro: ‘Governo não cumpriu o que foi acordado’
Os pontos que não teriam sido cumpridos pelo governo, segundo Júlio Pinheiro, foram:
a) Ressarcimento, até o mês de junho, em folha suplementar, dos valores descontados dos salários dos professores, referentes ao período de paralisação;
b) Remanejamento para as escolas de origem dos professores deslocados no período da paralisação.
“Alguns professores tiveram a reposição das suas faltas. Outros até agora não receberam nada. Tuntun, por exemplo, foi um dos municípios que ficou de fora. Professores da própria capital também não receberam. A situação pior é a dos funcionários, como vigias, merendeiras, zeladoras. Nenhum, tanto da capital como do interior, teve, até agora, nenhuma reposição. O governo descontou e não repôs”, afirmou o presidente do Sinproesemma.
Júlio Pinheiro informou também que, por determinação da Justiça, o governo não poderia contratar, na época da greve, professores por seletivo simplificado (por currículo). Então, o Estado resolveu propor aos professores nomeados dobrar a carga horária.
Ainda de acordo com Pinheiro, os professores que dobraram as horas trabalhadas não recebem os vencimentos da “dobra” há quatro meses.
“Professores de algumas escolas – do Cintra de São Luís, por exemplo – estão pensando em abandonar a dobra. Se isso acontecer, teremos professores e alunos prejudicados”, afirmou Júlio Pinheiro.
O sindicato informou ainda que a paralisação de advertência se repetirá todo dia 16, enquanto o governo estadual não cumprir com o que foi acordado. (Samantha Fernandes)