Lençol de lixo hospitalar dos EUA é revendido no Brasil
Lençóis com nomes de hospitais dos EUA, semelhantes aos encontrados nesta semana pela Receita Federal no porto de Suape e classificados como lixo hospitalar, são vendidos por quilo em Santa Cruz do Capibaribe, a 205 km de Recife, em Pernambuco.
A Receita apreendeu dois contêineres, na terça e na quinta, com 46 toneladas de resíduos hospitalares vindos dos EUA que eram descritos em documentos como 'tecido de algodão com defeito'.
Nos compartimentos, no entanto, foram encontrados lençóis manchados de sangue e seringas entre outros.
O material é proibido de entrar no país e oferece risco à saúde. Especialistas dizem que lençóis só podem ser reaproveitados após rigoroso processo de esterilização.
Neste ano, a mesma importadora já havia trazido para Pernambuco outros seis carregamentos, que não foram retidos na fiscalização.
Saldão no Agreste – A Folha esteve na cidade do agreste pernambucano para onde seriam levados os detritos importados apreendidos. Lá, comprou na loja de tecidos e retalhos Império do Forro de Bolso, sem se identificar, nove lençóis.
Três peças têm nomes de hospitais ou entidades americanas impressos no tecido. Uma tem a mesma origem de parte do material apreendido no porto, o Hospital Central Services Cooperative.
No total, a Folha comprou 4,1 kg de lençóis, a R$ 10 o quilo. Funcionários da loja alegaram 'problemas no sistema' para não entregar nota fiscal nem recibo. Depois de conversarem ao celular, eles fecharam o local.
A loja fica em uma das principais avenidas de Santa Cruz do Capibaribe, cidade com 87,5 mil habitantes em 2010, segundo o IBGE. Os lençóis e fronhas estavam amontoados no chão. Tecidos para fazer forros de bolso eram vendidos, a R$ 8,75 o quilo.
Várias peças das roupas de cama tinham manchas.
Um dos lençóis comprados pela Folha traz a inscrição 'Baltimore Washington Medical Center University of Mariland Medical System'.
Outro tem inscrição dizendo que não pode ser vendida: 'Property – not for sale'.
Entre os lençóis sem inscrição, quatro têm etiquetas do fabricante. Dois deles são da americana Medline Industries Inc. Há lençóis fabricados em outros países.
(Folha Online)
A Receita apreendeu dois contêineres, na terça e na quinta, com 46 toneladas de resíduos hospitalares vindos dos EUA que eram descritos em documentos como 'tecido de algodão com defeito'.
Nos compartimentos, no entanto, foram encontrados lençóis manchados de sangue e seringas entre outros.
O material é proibido de entrar no país e oferece risco à saúde. Especialistas dizem que lençóis só podem ser reaproveitados após rigoroso processo de esterilização.
Neste ano, a mesma importadora já havia trazido para Pernambuco outros seis carregamentos, que não foram retidos na fiscalização.
Saldão no Agreste – A Folha esteve na cidade do agreste pernambucano para onde seriam levados os detritos importados apreendidos. Lá, comprou na loja de tecidos e retalhos Império do Forro de Bolso, sem se identificar, nove lençóis.
Três peças têm nomes de hospitais ou entidades americanas impressos no tecido. Uma tem a mesma origem de parte do material apreendido no porto, o Hospital Central Services Cooperative.
No total, a Folha comprou 4,1 kg de lençóis, a R$ 10 o quilo. Funcionários da loja alegaram 'problemas no sistema' para não entregar nota fiscal nem recibo. Depois de conversarem ao celular, eles fecharam o local.
A loja fica em uma das principais avenidas de Santa Cruz do Capibaribe, cidade com 87,5 mil habitantes em 2010, segundo o IBGE. Os lençóis e fronhas estavam amontoados no chão. Tecidos para fazer forros de bolso eram vendidos, a R$ 8,75 o quilo.
Várias peças das roupas de cama tinham manchas.
Um dos lençóis comprados pela Folha traz a inscrição 'Baltimore Washington Medical Center University of Mariland Medical System'.
Outro tem inscrição dizendo que não pode ser vendida: 'Property – not for sale'.
Entre os lençóis sem inscrição, quatro têm etiquetas do fabricante. Dois deles são da americana Medline Industries Inc. Há lençóis fabricados em outros países.
(Folha Online)